20/09/2023
Nayara Rosolen – Jornalista
A Orquestra Uninter se apresentou pela primeira vez ao ar livre no Concerto de Primavera. A manhã do dia 16 de setembro foi marcada não só pela aparição do sol e do céu azul em Curitiba (PR), mas também pelas canções tocadas na Boca Maldita, coração da capital paranaense, em frente ao campus Garcez. A apresentação marcou a celebração de um ano de atividades do grupo.
O projeto é uma iniciativa da Pós-graduação, Pesquisa e Extensão em parceria com a Fundação Wilson Picler. Os coordenadores da pós-graduação e idealizadores, Valentina Daldegan e William Sales, buscam estimular e dar visibilidade para o potencial artístico de estudantes e colaboradores da instituição. Assim como reforçar a diversidade cultural e aproximar a comunidade externa, que também pode participar.
Por mais de uma hora, a maestrina Valentina conduziu os 30 instrumentistas que compõem a Orquestra. Foram dez trilhas sonoras de filmes e séries consagrados, como La Casa de Papel, Harry Potter, A Família Addams, Star Wars e Indiana Jones. A profissional salienta que os temas emocionam e atraem as pessoas por acender lembranças da infância.
“A ideia é levar a cultura para a cidade e trazer também pessoas que tocam instrumento, que queiram participar de um grupo musical e ter essa oportunidade de tocar com a gente”, explica Valentina, que seleciona os candidatos todo início de ano, junto com os demais profissionais envolvidos.
As coordenadoras da Pós-graduação, Oriana Gaio e Joice Diaz, foram as mestres de cerimônia do evento, que ainda contou com a presença de autoridades da Uninter. O reitor Benhur Gaio; o pró-reitor de Graduação, Rodrigo Berté, e o pró-reitor de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, Nelson Castanheira, prestigiaram o concerto. Aqueles que passavam pela rua XV de Novembro, também puderam acompanhar o espetáculo de perto.
O saxofonista Thiago Henrique dos Santos é voluntário da comunidade externa e destaca que o movimento realizado pela Orquestra é muito importante para a cidade e para o país, já que “o público tem essa carência de cultura e de música”.
“É algo bastante promissor, porque um dia quero ser conhecido por minhas composições. Uma experiência sempre única e gratificante, ver o pessoal ouvindo e curtindo. É bom saber que as pessoas voltaram a ouvir boas músicas e gostam de clássicos”, complementa o violonista e estudante de licenciatura em História, Luiz Arthur Xavier Filho.
As estudantes de licenciatura em Música e Relações Internacionais, Maria Angelica de Lara e Valentina Cezar respectivamente, ressaltam os desafios e aprendizados que a prática em grupo desenvolve, além da sociabilidade que o projeto proporciona entre instrumentistas das mais variadas habilidades.
“É um sonho que sempre tive em tocar assim. A professora deu abertura para a gente aprender também durante o processo”, salienta a violonista Maria Angelica. Enquanto Valentina afirma que conseguiu melhorar o desempenho na flauta transversal e garante que tocar para o público na rua “foi uma emoção bem divertida”. “Dá um pouco de frio na barriga, mas foi gratificante”, finaliza.
Autor: Nayara Rosolen – Jornalista
Edição: Larissa Drabeski