17/05/2024
Rafael Lemos – Assistente de Comunicação Acadêmica
“Ó abre alas, que eu quero passar! Ó abre alas, que eu quero passar!”. Foi com a famosa marchinha de Chiquinha Gonzaga e com canções populares que o Coro Margareth Picler encantou o público no último dia 15 de maio, no auditório Antônio Kraide, no espaço Portão Cultural, em Curitiba.
A apresentação fez parte da 7ª semana cultural de Curitiba, organizado pelo Conselho de Ministros Evangélicos do Paraná (COMEP), em parceria com a Fundação Cultural de Curitiba e apoio da RPC. A entrada foi um quilo de alimento não perecível e as doações serão destinadas aos necessitados do desastre do Rio Grande do Sul.
Intitulado “Notas de Esperança: O Brasil pela paz”, o espetáculo teve repertório com lindas canções como Feira de Mangaio (Clara Nunes), Asa Branca (Luiz Gonzaga), Ó abre alas (Chiquinha Gonzaga) e Céu, Sol, Sul, Terra e Cor (Leonardo, gaúcho). O evento iniciou às 19h e, já na primeira música, o coro Margareth Picler convidou o público para interagir e cantar junto. Um diferencial do espetáculo foi a participação de coralistas de forma virtual em conjunto com os demais que estavam no palco.
De acordo com o professor Alysson Siqueira, a tecnologia permite que haja a interação dos coralistas, mesmo à distância, e o evento é fruto de muito preparo dos integrantes do coro. “Esse coral virtual tem mais de 700 alunos inscritos que participam dos ensaios por vídeo conferência. Eles gravam as músicas, estudam e participam do espetáculo. Dessa maneira conseguimos reunir gente de todo Brasil mais o pessoal presencial”, aponta Alysson.
Rio Grande do Sul no repertório
Um ponto alto do espetáculo foi a homenagem feita ao Rio Grande do Sul com a canção Céu, Sol, Sul, Terra e Cor, de Leonardo (Gaúcho). Os presentes se emocionaram com a melodia e letra acompanhada de dança e imagens projetadas nos telões que remetiam às tradições gaúchas. Para a maestrina, Jeimely Bornholdt, fazer parte de um evento como esse é muito importante, pois os alunos se sentem parte da instituição e da cidade. “A música transforma, a dá dignidade para a pessoa, a música faz a pessoa ter empatia pelo outro. Então é importante esse tipo de evento para a pessoa se sentir melhor como ser humano”, destacou Jeimely.
Com a mesma emoção, a coralista Alzira Henning falou sobre a participação dela na apresentação: “A gente fica com um pouquinho de nervoso, mas eu estou muito feliz, porque a gente traz um pouquinho de carinho para a alma de todas as pessoas diante agora desse momento bem difícil que está sendo para todo mundo, lá no Rio Grande do Sul. Então, a gente quer trazer um pouquinho de alegria e um carinho para a alma, porque música é carinho para a alma”, afirmou Alzira.
Fazer parte do Coro
Para o estudante de licenciatura em Música da Uninter Brasil Ravaglio Neto, que foi um dos primeiros a integrar o Coro Margareth Picler, participar do coral é motivo de muita alegria. “Tenho muito prazer em participar, tenho gostado das apresentações. A gente tem se apresentado cada vez mais, e [o coro] tem trazido muita alegria para várias pessoas e para a gente que participa. E contribuído, além de tudo, para nossa vida dentro da universidade”, declarou.
Dirigido pelos professores Alysson Siqueira e Jeimely Bornholdt, o Coro Margareth Picler é um projeto de extensão da Escola Superior de Educação, Humanidades e Línguas e é composto, atualmente, por mais de 700 coralistas presenciais e online. Uma iniciativa mantida pela Fundação Wilson Picler, o coral é voltado para a área de linguagem corporal e cultural e tem como principal objetivo a participação de futuros professores da educação básica em atividades de formação musical. É aberto a alunos, a colaboradores e à sociedade em geral.
A 7ª Semana Cultural acontece entre os dias 14 e 18 de maio e envolve mais de 420 artistas voluntários em aproximadamente 50 eventos, nos diversos espaços culturais de Curitiba, como peças teatrais, exposições fotográficas, espetáculos de dança e música, mostras de cinema, obras de artistas locais, bem como atividades voltadas para responsabilidade social e sustentabilidade, palestras e workshops. A Semana Cultural encerra no dia 18 com a Marcha para Jesus, às 9h, na Praça Santos Andrade.
Edição: Larissa Drabeski
Créditos da fotografia: Gabriel Smaniotto e Rafael Lemos