8/10/2024
Nayara Rosolen – Equipe CNU
Ivan Lyran, músico de Belo Horizonte (MG), foi o grande vencedor do 3º Talento Musical (TAMU), com a canção “Breve Serenata Op.75”. Dentre as 107 músicas inscritas para a edição de 2024, 22 foram selecionadas e expostas na Galeria Virtual Arena Cultural. Todas apresentadas na noite da premiação e do 1º Festival de Composição de Música Instrumental, em 4 de outubro.
O auditório do edifício Garcez, em Curitiba (PR), recebeu a solenidade, com abertura realizada pelo Coro Margareth Picler. A ação em parceria com a Fundação Wilson Picler é uma iniciativa do curso de licenciatura em Música da Escola Superior de Educação, Humanidades e Línguas (ESEHL) da Uninter. Com composições de vários cantos do país, o evento foi transmitido ao vivo, por meio do Youtube.
Estiveram presentes a diretora da ESEHL, Dinamara Machado, o coordenador do curso de licenciatura em Música, Marcos Ruiz da Silva, o diretor-técnico e científico da FWP, Luciano Frontino de Medeiros, e a professora e organizadora do TAMU, Florinda Pimentel, que discursaram para o público. Junto de Luciano, a professora especialista em Históra da Música, Ana Paula Peters, e o músico peruano e bacharel em Superior de Composição e Regência, José Luis Manrique, avaliaram e decidiram os três vencedores pelo júri técnico.
“A novidade este ano é que é um Festival de Composição de Música Instrumental. Como no ano passado nós recebemos muitas, tivemos a ideia de nos dedicar exclusivamente às composições. A qualidade [das músicas inscritas é] excelente, vieram vídeos um melhor do que o outros, o pessoal que se inscreveu se dedicou bastante e vieram músicas muito bonitas. É muito gratificante, hoje é a coroação”, comenta a professora Florinda.
Os vencedores foram revelados pela mestre de cerimônia da noite, a professora Ana Lucia Zattar. Por meio da exposição na Galeria Virtual, o músico Erison Rita teve o vídeo melhor avaliado pelo público, com 569 curtidas, e levou o troféu pelo júri popular com a música “Rising”. O candidato de Criciúma (SC), foi representado pelo professor Alysson Siqueira na entrega do prêmio.
O troféu de segundo lugar foi paraBruno Duarte, de Porto Alegre (RS), com a música “Outra noite”, representado na premiação pela professora Jeimely. A canção “Desencontro”, criada por Luciano Dallastra, de Curitiba (PR), conquistou a terceira colocação. A professora Florinda foi quem representou o grande vencedor desta edição, Ivan Lyran, na recepção do troféu que o colocou no topo do podium, com a composição de “Breve Serenata Op.75”.
“É uma grande honra estar aqui. De certa forma, é o reconhecimento de um trabalho a longo prazo. Logicamente não foi feito sozinho, teve o arranjo de muitas pessoas e o próprio efeito da criação, que é sempre uma coisa difícil para mim, mas que é quase um chamado. Então, é uma alegria muito grande estar aqui e participar junto com todos esses compositores super bacanas. Estou muito feliz de estar no meio dessa turma toda”, comentou Dallastra, que participou do evento presencial e recebeu o prêmio no palco.
A potência da música não apenas para a carreira, mas também para a saúde mental e as emoções de cada indivíduo foi destacada por Dinamara. A diretora afirma que “sempre é possível acreditar nos sonhos”.
“Estamos tentando reviver a importância da música para a formação do cidadão e o TAMU tem toda uma característica que é valorizar ainda quem não está na mídia, quem está nos bastidores da música. E que, a partir desse momento, começa a ganhar um holofote, vai para as redes sociais, mas, principalmente, tem uma premiação, tem o trabalho em destaque”, complementa.
Luciano percebe o TAMU, no terceiro ano consecutivo, como um evento que se consolida e vai ao encontro de um dos propósitos da FWP, que é apoiar a cultura.
“O TAMU tem uma significância muito grande. [Queremos] passar essa mensagem de incentivo à cultura de uma forma geral, aos nossos instrumentistas. Esse festival tem uma característica de ineditismo, com músicas de autoria dos participantes, o que enriquece ainda mais todo esse processo”, conclui o jurado técnico do evento e diretor técnico-científico da Fundação.
Além do troféu, cada um dos quatro vencedores recebem uma bolsa de estudos para uma graduação em licenciatura na modalidade à distância ou uma pós-graduação em Música e Cognição.
O coordenador Marcos lembra o tripé em que está o princípio de uma instituição de ensino superior: o ensino, a pesquisa e a extensão. Para além de ser um objeto de estudos e pesquisa para os professores, o TAMU é também uma forma de possibilitar a aproximação da comunidade, que se envolve com o ambiente acadêmico nessa extensão.
“Para os nossos alunos, especificamente de licenciatura em música, contribui para que possam estimular para o olhar estético da música, para a produção artística da música e também se inserir, de alguma maneira, dentro do universo musical que é a especificidade do curso deles. É muito gratificante, porque hoje coroa todo um trabalho feito desde o início do ano, com dedicação, com muito cuidado, para que cada participante possa ter o carinho e a atenção que ele merece”, conclui o coordenador.
Maestrina do Coro Margareth Picler, a professora Jeimely Bornholdt, acrescenta que a participação em festivais é importante para consolidar e motivar o grupo. Além de solidificar o curso e a área de Música na Uninter, que é composta por estudantes de várias regiões do país. O Coro, por exemplo, conta com integrantes que participam das atividades de forma presencial e também virtual.
“Estamos mostrando que existem atividades práticas no curso de educação à distância. E nós fazemos práticas de forma híbrida, uma questão muito inovadora que a Uninter traz. Estar presente nesses eventos, faz muito bem para consolidar a nossa área de Música, como uma forma de pesquisa, extensão e ensino”, finaliza Jeimely.
O evento completo está disponível para livre acesso no canal do Youtube da ESEHL.
Edição: Larissa Drabeski
Créditos do fotógrafo: Nayara Rosolen